Sunça no Cinema | Resident Evil 6: O capítulo final (2017)

“Resident Evil 6: O capítulo final” é um conjunto de cenas de ação que empolgam, mas que em alguns momentos são confusas, com toques de terror, violência e com um vilão opressor e cruel que é um robô? Ou geneticamente modificado? Aliás, temos direito até ao momento vilão explica o plano maligno antes de ser derrotado. Marcado por diálogos medíocres “Vamos matar cada um deles!”, momentos patéticos (Trindade Alice?) e sacrifício que não é sacrifício somos guiados para um bonito final feliz.

SUNÇA NO CINEMA

Sunça

1/26/20173 min read

Jennifer Lawrence e Chris Pratt fazem seu trabalho e conseguem guiar uma fraca trama até um desfecho esperado e covarde. Mas ainda assim, “Passageiros” começa bem. De início somos apresentados a novas e boas ideias, conceitos de ficção científica interessantes e um visual original. É uma pena que com o decorrer da narrativa isso vai se perdendo, na verdade, é deixado de lado para priorizar um romance sexista e previsível entre os protagonistas.

Uma nave transporta milhares de passageiros para uma colônia distante. Dois passageiros são despertados 90 anos antes do tempo programado e se encontram em uma nave prestes a “naufragar”. Em meio a decisões conturbadas e atalhos de roteiro temos uma ficção científica que se transforma em uma história de amor.

Em um naufrágio um pequeno problema gera outro um pouco maior e assim por diante, dessa forma, a trajetória dos protagonistas em uma nave prestes a sucumbir, cria tensão, suspense e nos cativa. No início do filme Pratt encarna muito bem um náufrago espacial entregando um dos melhores momentos do longa. A dificuldade de se viver sozinho é desenvolvida em um ritmo cadenciado, conta passagens de tempo elegantes utilizando elementos como a barba do protagonista e a quantidade de equipamentos em determinada cena. O primeiro ato termina com uma difícil e controversa decisão de Jim (Chris Pratt). “Passageiros” então resolve se tornar um romance machista e explora a conturbada decisão de seu protagonista da maneira menos criativa, mais clichê e nos guiando para um desfecho comum e covarde. E nem o próprio filme parece acreditar no relacionamento entre Jim e Aurora, uma vez que na tentativa de fazer Aurora (Na verdade, os espectadores) aceitar a perturbada decisão de Jim a coloca assistindo vídeos passados com conselhos amorosos de suas amigas. Jennifer Lawrence é competente e deixa Aurora carismática, sexy e expressiva. Já a participação de Laurence Fishburne é apenas um momento preguiçoso do roteiro, o famoso: Aparece, ensina/possibilita a resolução dos principais problemas dos protagonistas e vai embora.

“Passageiros” têm boas ideias trabalha bem com alguns conceitos da ficção científica, vale um destaque para todas as passagens onde a falta de gravidade é explorada, e rende sequências bonitas e estilosas (A passagem por um sol, os “passeios” pelo espaço, são bons exemplos). Uma dupla protagonista carismática que conduz a trama, mas em um filme que prefere desperdiçar tudo isso em prol de uma resolução mais palatável que agrade a todos os públicos.

Em “Resident Evil 6: O capítulo final” Alice (Milla Jovovich) sobrevivente do massacre zumbi, volta para Raccoon City, cidade onde tudo começou. A cidade abriga a Colmeia, refúgio da Umbrella Corporation que reúne suas forças para um ataque final contra os remanescentes do apocalipse. Alice reencontra antigas amizades e convoca novos recrutas para vencer a dura batalha e salvar a raça humana.

107 min – 2017 – EUA

Dirigido por Paul W.S. Anderson, roteirizado por Paul W.S. Anderson. Com Milla Jovovich, Ali Larter, Iain Glen, Shawn Roberts, Ruby Rose, Eoin Macken, William Levy e Lee Raviv.

Publicado em 26/01/2017

Nota do Sunça: